Bursites no Joelho

O joelho é uma articulação complexa e, para proteger seus tendões, músculos e ossos do atrito, existem pequenas bolsas preenchidas com líquido, chamadas bursas. Elas funcionam como “almofadas” que reduzem o impacto e facilitam o deslizamento das estruturas. No entanto, essas bursas podem inflamar, causando uma condição dolorosa conhecida como bursite. As bursites mais comuns no joelho são a pré-patelar (na frente da rótula), a anserina (na parte interna, abaixo do joelho) e a infrapatelar (abaixo da rótula).

A bursite no joelho geralmente é causada por sobrecarga repetitiva, trauma direto, pressão constante (como ajoelhar-se por longos períodos), infecção ou, em alguns casos, doenças inflamatórias como a artrite. Os sintomas variam conforme a bursa afetada, mas geralmente incluem dor localizada, sensibilidade ao toque, inchaço visível na área inflamada e, às vezes, vermelhidão e aumento da temperatura local, principalmente se houver infecção. A dor tende a piorar com o movimento do joelho ou com a pressão direta sobre a bursa.

O diagnóstico é feito pelo ortopedista com base na análise dos sintomas, histórico do paciente e um exame físico detalhado que identifica a bursa inflamada. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de exames complementares como ultrassonografia, para visualizar o inchaço da bursa e descartar outras causas de dor. Se houver suspeita de infecção, a aspiração do líquido da bursa para análise laboratorial pode ser indicada.

O tratamento inicial da bursite é conservador e visa aliviar a inflamação e a dor. Inclui repouso relativo, aplicação de compressas de gelo, elevação da perna, uso de medicamentos anti-inflamatórios e, em alguns casos, o uso de joelheiras para reduzir a pressão. A fisioterapia é fundamental para fortalecer os músculos ao redor do joelho, melhorar a flexibilidade e corrigir a biomecânica, evitando recidivas. Em casos persistentes ou infecciosos, o médico pode considerar a drenagem da bursa ou, em último caso, a remoção cirúrgica da bursa.